Na avaliação dos nossos especialistas, a pressão de Lula ao BC não é favorável e pode provocar insegurança no mercado. Além disso, determinados posicionamentos do Presidente sobre temas econômicos podem dificultar a gestão do ministro da Fazenda Fernando Haddad, que se esforça para aproximar o mercado ao governo atual. Também foi comentada a possibilidade de reverter a autonomia do Banco Central. Entretanto, o cenário no Congresso Nacional é de que, dificilmente, a proposta seria aprovada, já que grande parte dos parlamentares se mostram favoráveis à manutenção da autonomia.
Apesar dos desafios econômicos do país, Lula segue com uma agenda intensa de compromissos internacionais com o propósito de reestabelecer e fortalecer as relações estremecidas durante a última gestão. As visitas se iniciaram na América Latina e se concentram nesta semana nos Estados Unidos, um dos principais parceiros comerciais do Brasil. O encontro entre Lula e o presidente norte-americano Joe Biden será crucial para ambas as partes. Para Biden, essa será uma oportunidade de capitalizar o discurso em prol da defesa da democracia e continuar mobilizando parte do seu eleitorado, já que em 2024 haverá novas eleições nos EUA. Outro ponto de aproximação é a agenda ambiental, que voltou a ganhar destaque no novo governo de Lula.
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